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domingo, 4 de março de 2012
Estilo criado por Jimmy de Oliveira explora movimentos intensos Estilo criado por Jimmy de Oliveira explora movimentos intensos
A dança é sensual e vigorosa. Os passos, que misturam o tradicional samba de gafieira com estilos como hip hop e street dance atraem pessoas de todas as idades. Esse é o Samba Funkeado, também conhecido como Samba Jimmy, criado pelo dançarino, coreógrafo e professor de dança de salão Jimmy de Oliveira, de 42 anos. Em sua academia no Catete, zona sul do Rio, o dançarino colhe os frutos da popularidade do estilo que criou em 2001, mas que fixou terreno com a popularização do funk entre as diversas classes mais recentemente.
Jimmy, apelido de Jelson de Oliveira da Silva, por pouco não seguiu a carreira de futebol. A família, que morava na Tijuca, insistia que a carreira de jogador era a possibilidade para o garoto ganhar dinheiro no futuro, mas a dança falou mais alto e ele foi estudar vários estilos a partir dos 14 anos. Profissional desde 1990, Jimmy conquistou aos poucos o apoio de sua família.
“Naquela época, eu sofri preconceito dentro da minha casa. Balé não era coisa para homem. Tinha que ter sapatilhas e calça que gastavam em três meses. Minha família não tinha condições financeiras. Eles não me davam essa grana, então eu tinha que trabalhar. Depois eu vi que não tinha jeito, eram muitos obstáculos, então transportei aquilo que eu queria ser no balé para a dança de salão. No começo, só se falava de poucos profissionais e me questionava como eu entraria no mercado sem o apoio da mídia. Então, pensei que eu precisava criar um diferencial”, relata.
A aceitação do samba funkeado também não foi imediata. A resistência de quem está acostumado apenas com o samba de gafieira colocou em xeque o gênero criado pelo dançarino, sem falar na conotação pejorativa que o funk ganhou em meados dos anos 2000, quando o estilo melódico perdeu espaço para letras de cunho sexual e danças apelativas.
O estilo funkeado se encaixa em vários ritmos. Durante a aula, os alunos experimentam os passos com pagode romântico, hip hop, charme, black music e tudo se encaixa perfeitamente. É preciso fôlego para não perder o rebolado com passos que exploram ao extremo as possibilidades corporais. Uma das fontes de Jimmy para as coreografias foi Michael Jackson.
“É uma forma de impacto e pressão, é um samba que tem posicionamentos corporais, enquanto o samba tradicional tem um conceito mais plano. Michael Jackson com certeza foi minha referência, pois foi dentro daquele esquema de se dançar que eu trouxe o meu samba e me sinto privilegiado de desfrutar o que eu criei. Hoje eu me sinto realizado, vejo várias pessoas dançando, até o estrangeiro que não fala português está dançando minha dança”, conta.
O publicitário Alexander Sampaio, de 41 anos, descobriu o gênero há três anos. Dançando “um forrozinho muito safadinho”, como ele diz, elegeu a dança como um estilo de vida. Apaixonado pelo samba funkeado, é um dos mais animados no curso, não para de ensaiar mesmo depois das aulas.
“Eu também gosto do samba tradicional, mas sou uma pessoa muito ativa, rápida, e o funkeado tem essa energia. A gente dobra o tempo com movimentos diferenciados. Isso mexeu comigo”, conta.
A estudante Maria Isabel Tolipan, de 19 anos, está há um ano na academia de dança e foi fisgada pela agilidade dos passos.
A estudante Maria Isabel Tolipan, de 19 anos, está há um ano na academia de dança e foi fisgada pela agilidade dos passos.
“É um estilo mais jovem e você desafia muito mais a dança. Você pode improvisar, fazer o que dá vontade na hora. É mais difícil, o Jimmy fala para começar com o tradicional, mas depois que você pega os passos principais, fica mais fácil”, explica.
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